ONDE ESTÃO?
Vago na praça. Minh’alma ferida
Repara em cada canto. Vejo nada.
Isto que foi um
fervilhar de vida
Parece uma cidade abandonada.
Onde estão meus avós... As namoradas...
Os primos, tios meus, tanto parente...
E aquele borbulhar pelas calçadas.
Onde é que foram todos de repente?
Meus pais e meus irmãos... Ah que saudade!
E os bares do lugar? E meus amigos?
Olho mais uma vez esta cidade...
Reside em tudo uma odiosa paz.
Habitam hoje os casarões antigos
Fantasmas. Só fantasmas. Nada mais.
Arnon de Pinho Tavares (03.04.2018)