CINEMA
Estive pensando hoje uma coisa: Holywood (é assim que escreve?) anda
meio fracassado. Talvez pela desaceleração da economia americana ou mesmo
porque a fórmula tenha cansado. Também já não existem mais atores e atrizes que
se endeusaram no cinema dos EEUU. Morreram os John Weismuller (Tarzan), a
própria Chita, a Jane, a Débora Reinolds, Grace Kely, o John Waynne, o Rhandolf
Scotty e outros mais, todos ícones na nossa juventude. Alguns outros, machões
do faroeste ou dos filmes policiais foram declarados homossexuais. Nada contra,
mas perderam aquele encanto junto ao público.
Muito bem. Entendo que o ambiente propício para o desenvolvimento do cinema, na
atualidade, encontra-se aqui. Isto mesmo. No Brasil. Para filmes de terror
basta procurar os postos de saúde do SUS. Nem é preciso pagar os personagens ou
os figurantes. Estão todos lá. Disponíveis. Para os bang-bang, é só instalar
câmeras nas favelas do Rio, mesmo em Copacabana, Ipanema ou em qualquer rua ou
avenida de qualquer cidade, principalmente as de maior população. Aliás, nem
precisa instalar as câmeras. Elas já estão instaladas, flagrando os tiroteios e
os afanadores em qualquer esquina de qualquer rua.
Agora, para os filmes de comédia, sugiro que os cineastas se dirijam a
Brasília. O Senado Federal e a Câmara dos Deputados já nos propiciam esta
modalidade de diversão com enredos prontos e personagens reais. E, para não se
tornar enfadonho, os enredos cômicos se mesclam com temas próprios dos filmes
de Al Capone. Gangsters não faltam?: Sarney (o capo), Renan, Collor, Temer (ou
seria o verbo temer = ter medo, pavor). Alguns foram engaiolados, mas continuam
esperneando, procurando trabalho para se livrarem do xilindró. Para filmes de
ficção, basta mostrar as obras da PresidentA e as promessas do molusco, seu
antecessor. O PAC então é um prato cheio. Assim, acredito que aqui, no momento
atual, encontra-se o ambiente propício para o desenvolvimento do cinema
realidade. E vem aí a Copa que poderá dar uma pitada estrangeira às películas
brasileiras.
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