terça-feira, 3 de janeiro de 2017

OVNI NA PESCARIA

            Corria alguns boatos aqui em Sabinópolis que algumas pessoas depararam com Discos Voadores, principalmente durante a noite, quando luzes estranhas brilhavam assombrando muita gente.
Algum tempo depois, quando as aparições amainaram, Guidoval Manfredo, juntamente com Tomazão Canastra resolveram ir à busca de mandis. A noite era de poucas estrelas e nenhuma lua. Estabeleceram-se numa curva do rio, de águas fundas, numa mata fechada que ali desembocava. O Tomazão escolheu um ponto na entrada da curva. Já o Guidoval ficou mais embaixo, onde as águas produziam um redemoinho preguiçoso.
            Cerca de uns três quartos de hora depois, o Guidoval vai procurar a garrafinha de pinga que ficara numa capanga uns dez metros atrás da barranca onde estava. Lanterna na mão, alcança o seu objetivo e serve-se de uma golada generosa. Apanha um tira-gosto no mesmo bornal e vira-se para retornar ao ponto da pesca. Aí percebe aquela luz esquisita a perambular na copa das árvores sobre sua cabeça. Volta-se em direção à coisa e vê que o facho luminoso faz um semicírculo postando-se estrategicamente à sua retaguarda. Já apavorado, volta-se novamente para observar de frente a luz e vê que ela rodeia outra vez, mantendo-se no alto, às suas costas. Voz trêmula, chama o companheiro que atende preocupado:
- Que foi, Guidoval? Qual é o problema?
- Olha esta coisa aí na copa das árvores. Isto é coisa do outro mundo.
O Tomazão observa que no bolso dos fundos do Guidoval a lanterna acesa mandava o foco de luz que circulava conforme o movimento do companheiro.

- Que coisa do outro mundo, que nada! É deste mundo aqui mesmo.

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