OVNI NA PESCARIA
Corria
alguns boatos aqui em Sabinópolis que algumas pessoas depararam com Discos
Voadores, principalmente durante a noite, quando luzes estranhas brilhavam
assombrando muita gente.
Algum tempo depois, quando as
aparições amainaram, Guidoval Manfredo, juntamente com Tomazão Canastra
resolveram ir à busca de mandis. A noite era de poucas estrelas e nenhuma lua.
Estabeleceram-se numa curva do rio, de águas fundas, numa mata fechada que ali
desembocava. O Tomazão escolheu um ponto na entrada da curva. Já o Guidoval
ficou mais embaixo, onde as águas produziam um redemoinho preguiçoso.
Cerca
de uns três quartos de hora depois, o Guidoval vai procurar a garrafinha de
pinga que ficara numa capanga uns dez metros atrás da barranca onde estava.
Lanterna na mão, alcança o seu objetivo e serve-se de uma golada generosa.
Apanha um tira-gosto no mesmo bornal e vira-se para retornar ao ponto da pesca.
Aí percebe aquela luz esquisita a perambular na copa das árvores sobre sua
cabeça. Volta-se em direção à coisa e vê que o facho luminoso faz um
semicírculo postando-se estrategicamente à sua retaguarda. Já apavorado,
volta-se novamente para observar de frente a luz e vê que ela rodeia outra vez,
mantendo-se no alto, às suas costas. Voz trêmula, chama o companheiro que
atende preocupado:
- Que foi, Guidoval? Qual é o
problema?
- Olha esta coisa aí na copa das
árvores. Isto é coisa do outro mundo.
O Tomazão observa que no bolso dos
fundos do Guidoval a lanterna acesa mandava o foco de luz que circulava conforme
o movimento do companheiro.
- Que coisa do outro mundo, que nada!
É deste mundo aqui mesmo.
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