ACENDEU A
CHALEIRINHA
Lembro-me
muito bem. Final dos anos setenta. Uma colega minha, secretária de escola,
adquiriu um Chevette semi-novo, muito em moda naquela época. O carrinho,
lembro-me bem, era branco, bem a gosto da época, parecia ter saído da montadora
naqueles dias. A minha amiga andava nas nuvens com seu veículo quase zero.
Numa
segunda-feira, chegou um pouco atrasada ao serviço. Justificou a todos nós,
reunidos numa saleta ao lado da Secretaria onde trabalhava:
- Desde a
semana passada vinha observando o meu carro. Acendia a chaleirinha do painel e
eu colocava água no radiador. Logo, logo a chaleirinha estava acesa de novo. Olhava
o radiador e este estava completo. Mesmo
assim despejava mais água. Sábado passado dei uma volta mais longa, observando
a chaleirinha, sempre acesa. O motor do carro fundiu. Só aí é que me falaram
que a chaleirinha dava sinal de falta de óleo, não de água.
Coitada!...
Não conhecia ela o símbolo do óleo, uma almotolia, muito parecida com aquelas
lâmpadas mágicas do Aladim.
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