terça-feira, 25 de abril de 2017

ACENDEU A CHALEIRINHA

            Lembro-me muito bem. Final dos anos setenta. Uma colega minha, secretária de escola, adquiriu um Chevette semi-novo, muito em moda naquela época. O carrinho, lembro-me bem, era branco, bem a gosto da época, parecia ter saído da montadora naqueles dias. A minha amiga andava nas nuvens com seu veículo quase zero.
            Numa segunda-feira, chegou um pouco atrasada ao serviço. Justificou a todos nós, reunidos numa saleta ao lado da Secretaria onde trabalhava:
            - Desde a semana passada vinha observando o meu carro. Acendia a chaleirinha do painel e eu colocava água no radiador. Logo, logo a chaleirinha estava acesa de novo. Olhava o radiador e este estava completo.  Mesmo assim despejava mais água. Sábado passado dei uma volta mais longa, observando a chaleirinha, sempre acesa. O motor do carro fundiu. Só aí é que me falaram que a chaleirinha dava sinal de falta de óleo, não de água.

            Coitada!... Não conhecia ela o símbolo do óleo, uma almotolia, muito parecida com aquelas lâmpadas mágicas do Aladim.

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