segunda-feira, 24 de abril de 2017

O VENDEDOR AMBULANTE

            Sabinópolis antiga. Januário Batata, saía pelas ruas vendendo pães frescos, saídos da padaria de Agenor. Apregoava seu produto nestes termos:
            - Olha o pão da hora.  Quem tem dinheiro come quente, quem não tem reganha o dente.
            Os consumidores, poucos àquela época, saíam à porta para adquirir o produto. Pouca coisa. Era mais comum consumir-se biscoitos, bolachas e bolos caseiros. Outros preferiam o fubá suado ou outra merenda também caseira, além de frutas, muito presentes nos quintais das casas.
            Confesso que não me lembro do Januário Batata e de seus pregões. Mais tarde, quando comecei a frequentar a cidade, tempos do grupo escolar, ouvia o mesmo pregão dos pipoqueiros ou vendedores de amendoim (Manezinho de Paulo era um deles) que aos fins de semana vendia os produtos na Praça da Matriz. O anúncio era o mesmo:
            - Quem tem dinheiro come quente, quem não tem reganha o dente.

            A gente passava, olhava e, quase sempre sem um níquel no bolso, saía reganhando o dente. Tempos bons?! Sei não.

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