O VENDEDOR AMBULANTE
Sabinópolis
antiga. Januário Batata, saía pelas ruas vendendo pães frescos, saídos da
padaria de Agenor. Apregoava seu produto nestes termos:
- Olha o pão
da hora. Quem tem dinheiro come quente,
quem não tem reganha o dente.
Os consumidores,
poucos àquela época, saíam à porta para adquirir o produto. Pouca coisa. Era
mais comum consumir-se biscoitos, bolachas e bolos caseiros. Outros preferiam o
fubá suado ou outra merenda também caseira, além de frutas, muito presentes nos
quintais das casas.
Confesso que
não me lembro do Januário Batata e de seus pregões. Mais tarde, quando comecei
a frequentar a cidade, tempos do grupo escolar, ouvia o mesmo pregão dos
pipoqueiros ou vendedores de amendoim (Manezinho de Paulo era um deles) que aos
fins de semana vendia os produtos na Praça da Matriz. O anúncio era o mesmo:
- Quem tem
dinheiro come quente, quem não tem reganha o dente.
A gente
passava, olhava e, quase sempre sem um níquel no bolso, saía reganhando o
dente. Tempos bons?! Sei não.
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