quinta-feira, 17 de janeiro de 2019


LUADO
A lua não existe. Não do jeito que vocês entendem: um satélite de substância compacta, arenoso, pedregoso e o mais que fizeram a gente crer. Também é conversa fiada o que se diz sobre descida lá de naves de americanos e russos. Pura lorota para ostentar poder por ocasião da guerra fria.
A lua é apenas uma energia luminosa, complexa, ainda não bem desvendada pelo ser humano. Estudos mais recentes orientados por mim e com a minha fraca assessoria, nos levaram às conclusões que vou passar a relatar. Observamos que as noites de luar são bastante diferentes considerando os locais onde a gente se encontra. Observamos que, por exemplo, aqui em Belo Horizonte quase não se percebe a beleza de uma noite de lua cheia. Já em Sabinópolis, destaca-se o luar. Entretanto, vê-se que a beleza da lua é ainda mais intensa quando observada de locais mais ermos como uma casinha lá nos fundões do mundo. Aí, sim, resplandece toda a sua beleza com seus raios de prata ilustrados por borbotões de estrelas.
Munidos de compasso, régua, prumo, nível, lamparina de querosene e outros instrumentos também de tecnologia apurada, com base nas observações já relatadas, chegamos à seguinte conclusão: a lua tem um poder de troca. Recebe a essência da maldade humana e devolve aqueles raios que todos nós conhecemos. Só que o que sobe da terra, a poeira da ruindade, ofusca os raios que descem do astro luminoso. Daí a razão da beleza variável do luar. Naqueles cantinhos do mundo a lua impera absoluta, sem o estorvo da maldade que por ali não habita. 


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