O BICHO IMORTAL
Dr.
Francisco Mourão, médico na atualidade aqui em Sabinópolis, mais conhecido como
Chicão, quando menino, saia com seus irmãos e primos para caçar passarinhos e o
que aparecesse à frente. Enquanto os outros levavam de estilingue procurando
suas caças, o Chicão embrenhava-se nas matas e capoeiras fazendo armadilhas
para suas presas. Era arapucas, quebra-cabeças e mundéus, este último para caça
mais graúda.
Numa dessas
feitas, dia seguinte, foi o Chicão pesquisar o que havia caçado. Achou em um
quebra-cabeças uma cabeça de nhambu chororó.
Algum animal, durante a noite, achando a presa liquidada, fez a sua
ceia, deixando lá apenas a o que se prendera na armadilha. Levou o “troféu”
para casa e, todo satisfeito, comunicou ao pai:
- Olha, pai,
este nhambu caiu na armadilha e conseguiu fugir. Ainda que tenha deixado a sua
cabeça presa na armadilha. Olha que bichinho danado!
Augusto
Afonso olhou de lado e concordou.
Um sorriso
antigo escorria do canto de seus lábios.
(Causo verídico, contado por Rui Afonso e registrado agora
com a autorização do protagonista da história).
Nenhum comentário:
Postar um comentário