quinta-feira, 17 de janeiro de 2019


O BICHO IMORTAL

            Dr. Francisco Mourão, médico na atualidade aqui em Sabinópolis, mais conhecido como Chicão, quando menino, saia com seus irmãos e primos para caçar passarinhos e o que aparecesse à frente. Enquanto os outros levavam de estilingue procurando suas caças, o Chicão embrenhava-se nas matas e capoeiras fazendo armadilhas para suas presas. Era arapucas, quebra-cabeças e mundéus, este último para caça mais graúda.
            Numa dessas feitas, dia seguinte, foi o Chicão pesquisar o que havia caçado. Achou em um quebra-cabeças uma cabeça de nhambu chororó.  Algum animal, durante a noite, achando a presa liquidada, fez a sua ceia, deixando lá apenas a o que se prendera na armadilha. Levou o “troféu” para casa e, todo satisfeito, comunicou ao pai:
            - Olha, pai, este nhambu caiu na armadilha e conseguiu fugir. Ainda que tenha deixado a sua cabeça presa na armadilha. Olha que bichinho danado!
            Augusto Afonso olhou de lado e concordou.
            Um sorriso antigo escorria do canto de seus lábios.

(Causo verídico, contado por Rui Afonso e registrado agora com a autorização do protagonista da história).

Nenhum comentário:

Postar um comentário